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‘Impensável’ que alguém tenha capacidade de barrar investigações, diz Barroso

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SÃO PAULO – O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Barroso, afirmou ser “impensável” que alguém tenha capacidade de paralisar investigações, referindo-se à divulgação de grampos, em que o ministro do Planejamento, Romero Jucá, fala sobre um “pacto” para deter a Operação Lava-Jato.

— É impensável supor que alguém tenha a capacidade de paralisar as investigações. Ou que qualquer pessoa pode ter acesso ao Supremo para parar as investigações. O ministro que chega ao Supremo só responde a sua biografia e a mais ninguém — disse Barroso.

Em palestra no Fórum o organizado pela revista “Veja” nesta segunda-feira, o ministro afirmou que o sistema político brasileiro é um fomento à corrupção no Brasil, que a sociedade atual não aceita mais a corrupção e que é necessário a continuidade das investigações. O magistrado defendeu o fim do foro privilegiado da maneira como existe hoje no Brasil.

— O foro frequentemente leva à impunidade, porque ele é manipulado e permite a manipulação da ação — afirmou Barroso.

Além do fim do foro privilegiado, o ministro defende ainda a criação de uma vara específica para julgar os casos de prerrogativa de foro com um único juiz cuidado dos casos. O novo juiz seria indicado pelo Supremo Tribunal Federal e teria uma mandato de quatro anos. Para Barroso, o processo eleitoral atual favorece a corrupção.

— Nós temos um sistema político caríssimo e um mecanismo de financiamento eleitoral que é um fomento à corrupção — concluiu.


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