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Impeachment: oposição quer que faltosos passem por exame médico

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BRASÍLIA – Em acordo com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deputados da oposição apresentarão questão de ordem nesta terça-feira pedindo que os parlamentares que faltarem à sessão de votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no próximo domingo alegando problemas da saúde sejam submetidos a exame do Departamento Médico da Casa. A ideia dos oposicionistas é que, caso o órgão da Câmara não ateste motivo para a ausência, o deputado seja submetido a processo de cassação do mandato por quebra de decoro no Conselho de Ética.

A ação faz parte de uma estratégia da oposição para evitar que deputados faltem à votação e, com isto, não seja possível alcançar o número de votos suficiente para aprovar o impeachment, de 342. O governo vem tentando, junto a parlamentares que têm dificuldades em votar contra o impeachment devido às pressões de suas bases eleitorais, que ao menos faltem à sessão para não precisarem votar contra a presidente.

– Ele tem até o direito de faltar, desde que assuma que está faltando por outra razão qualquer, e não por problema de saúde. Alegar que está doente para não comparecer à votação do impeachment é uma fraude ao processo de votação que constitui quebra de decoro e deve ser julgada pelo Conselho de Ética – afirma o deputado Mendonça Filho (DEM-PE).

Eduardo Cunha também pretende constranger os faltosos em plenário no dia da votação, segundo relatos. O peemedebista convocará a votar os deputados, um a um, e fará uma segunda chamada com os ausentes na primeira parte da votação. O presidente da Câmara quer garantir o máximo de quórum possível para a análise do impeachment.


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