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Grupos disputam quem levará mais gente para Esplanada

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BRASÍLIA – Às vésperas da votação do impeachment na Câmara, as militâncias se preparam para disputar o protagonismo na Esplanada dos Ministérios, palco dos protestos deste domingo. A primeira guerra será a de número de participantes. Na tentativa de reunir mais gente, os dois lados anunciam a vinda de ônibus de várias partes do país e tentam facilitar a chegada dos manifestantes ao local do ato, até porque o metrô da capital não funcionará devido à paralisação de servidores. O governo do DF estima que 300 mil pessoas sairão às ruas.

O grupo pró-impeachment divulgou nas redes sociais uma lista com 15 pontos de saída de ônibus que levarão à Esplanada, gratuitamente, militantes de cidades do Distrito Federal e do Entorno que ficam distantes da região central. Segundo Jailton Almeida, do grupo Vem pra Rua de Brasília, o transporte é custeado por associações de produtores rurais ligados à Confederação da Agricultura e Pecuária dos Brasil (CNA), que apoia o impeachment:

— Como o sistema de transporte não funciona bem nos finais de semana, a população que mora mais longe sempre teve dificuldades de comparecer aos protestos. Agora, elas poderão vir e voltar nos ônibus que os produtores cederam.

No acampamento ligado aos movimentos que apoiam o governo, organizados em torno da Frente Brasil Popular e Frente Povo sem Medo, são esperados milhares de manifestantes vindos de várias partes do país. Nas contas dos organizadores, até a tarde deste sábado, havia mais de 3 mil pessoas acampadas. A ideia é colocar na Esplanada mais de 150 mil pessoas, segundo Magno Francisco, do Movimento de Luta dos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) e um dos porta-vozes do acampamento:

— Acreditamos que podemos reunir até 250 mil pessoas amanhã (domingo). Muitos ônibus estão chegando, além da militância que existe aqui.

Do lado dos que defendem o impeachment, a estimativa também é elevada, de 200 mil pessoas ou mais. A expectativa do governo local é que a Esplanada receba cerca de 300 mil pessoas – cerca de 150 mil de cada lado. Os grupos poderão usar até três carros de som e quatro telões que transmitirão a votação do impeachment. As duas militâncias concordaram em não levar bonecos e balões gigantes, como o “Pixuleco” e o “Pato da Fiesp”, devido ao risco de acidentes em função do uso de gás e compressores. Garrafas de vidro, máscaras e venda de bebida alcoólica não serão permitidas.

A segurança foi reforçada na área central de Brasília e imediações. Cerca de 3 mil policiais militares, 500 bombeiros, 700 policiais civis e 50 agentes do Detran atuarão para garantir a segurança durante as manifestações. Os militantes poderão ser revistados pela polícia antes de acessar a Esplanada e ao longo do protesto. Um muro vai separar as duas militâncias. No lado sul, ficarão os manifestantes a favor do impeachment. Ao norte, os que são contrários ao afastamento de Dilma. Depois de finalizada a votação, haverá um tempo para que o grupo perdedor deixe o local antes do vencedor.


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