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Governo busca apoio do PSB contra impeachment

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Diante da indefinição de alguns deputados e senadores socialistas, o ex-presidente Lula e o ministro chefe da Advocacia Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, investiram pesado para tentar evitar a oficialização do apoio do PSB ao impeachment, em reunião da Executiva que está acontecendo agora de manhã em Brasília. Lula tenta conversar com o presidente do partido, Carlos Siqueira, e ontem Cardozo investiu no vice-governador de São Paulo, Márcio França, que tem mantido posição de neutralidade. Em vão. Sem a presença de França, o PSB deve oficializar o apoio ao impeachment, sem fechar questão.

Mas segundo o presidente Carlos Siqueira, o fato de não fechar questão não significa que os deputados e senadores não terão que cumprir a resolução do partido. Só não serão expulsos se votarem contra, mas estarão descumprindo uma decisão partidária.

— Não será preciso fechar questão. Mas o não fechamento não significa que o deputado está liberado para votar contra a determinação do partido. Só não será expulso, mas ficará em débito. E o compromisso dos parlamentares é seguir a orientação do partido — disse Siqueira.

Na bancada da Câmara, a maior resistência é do deputado Bebeto (PSB-BA) , que está indefinido. Mas Siqueira lembra que os indicados para a comissão que votará hoje o relatório de Jovair Arantes, se comprometeram a seguir a orientação da Executiva.

Sobre a conversa de Cardozo com Márcio França ontem a noite, ele explicou que o vice-governador tem procurado se manter neutro, mas o governador Geraldo Alckmin, do PSDB, a quem é muito ligado, já manifestou publicamente apoio ao impeachment. Márcio não participou da reunião da Executiva.

— Eles estão falando com muita gente do PSB, achando que se o impeachment não passar, o partido irá apoiar seu governo, se ela conseguir governar — disse Siqueira.


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