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Gilmar Mendes minimiza baixas do governo Temer, um governo ‘provisório’

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BRASÍLIA – O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), minimizou nesta terça-feira os efeitos das recentes baixas no governo de Michel Temer por conta de suspeitas levantadas contra dois ministros. O primeiro a cair foi Romero Jucá, do Planejamento. O segundo foi Fabiano Silveira, da Transparência. Os dois foram gravados pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Para Gilmar, a troca de ministros é natural, por se tratar de um governo provisório, formado às pressas.

— É um governo provisório, que faz experimento e que teve que compor numa situação de emergência. Então, não é surpresa que haja esse tipo de situação. Depois também, a Lava Jato tem tido uma repercussão enorme e ampla irradiação no sistema político. Então, a mim parece que isso é pouco inevitável — analisou o ministro.

Gilmar ressaltou a dificuldade que é governar em um quadro de instabilidade. O ministro afirmou que não se pode exigir de um governo provisório um time de primeira linha. É preciso se contentar com “a segunda melhor opção”. Para ele, as baixas do governo Temer não devem influir no processo de impeachment que a presidente afastada Dilma Rousseff enfrenta no Congresso Nacional.

— Não necessariamente (as demissões vão influir no impeachment). Não vejo essa repercussão. Agora, isso como mostra o quão difícil é governar, é ter estabilidade, especialmente num quadro dessa dificuldade. Quer dizer, um governo provisório, depende ainda do impeachment, que ainda tem que fazer reformas, que precisa de apoio na Câmara e no Senado. Em geral, (esse governo) tem que operar na lógica da segunda melhor opção, né? Nunca a melhor opção. “Ah, quero fazer um governo de notáveis ou coisa do tipo”. Tem que conversar com os russos, né? — comentou.


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