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Futuro ministro de Temer diz que não cortará Bolsa Família e critica Dilma

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BRASÍLIA — Futuro ministro do Desenvolvimento Social em um eventual governo Temer, o deputado Osmar Terra (PMDB-RS) negou que programas sociais serão cortados, como vem dizendo em vários discursos a presidente Dilma Rousseff, e disse que Dilma busca “manipular” a opinião pública com sua “gestão desastrada quebrou o país”. Terra, que foi escalado por Temer para rebater as acusações da presidente, pode ser ministro na próxima semana, caso o plenário do Senado vote pelo afastamento de Dilma.

“Na proposta do PMDB ‘Travessia Social’ não existe uma linha sequer falando em diminuição dos recursos do ‪#‎Bolsa‬ Família, nem do número de famílias que participam dele. Vamos manter e aprimorar o programa. Até porque, com o desastre econômico que Dilma nos proporciona, é bem provável que aumente o número de famílias necessitadas”, escreveu Osmar Terra em uma rede social.

Ele ressalva que o governo vai reavaliar o programa:

“Não podemos abrir mão de avaliar quem realmente necessita dele”.

Para Terra, Dilma fala de um “Universo Imaginário”, no qual o PT é o “único” preocupado com a população pobre. O parlamentar também afirmou que a gestão de Dilma fez os “maiores cortes da história no orçamento social”.

“A presidente Dilma fala de um Universo Imaginário, onde seu governo é perfeito e seu partido é o único que se preocupa com os pobres”, declarou o parlamentar, e completou: “Ao tentar manipular a opinião pública, ignora que sua gestão desastrada quebrou o país, e que, pedalando, reduziu a renda de todos os brasileiros, inclusive dos mais pobres. Foi o governo Dilma que fez os maiores cortes da história no orçamento social, diminuindo em R$ 20 bilhões os recursos da Saúde Pública em 2016”.

Há mais de uma semana, a presidente tem recorrido ao expediente de acusar o grupo de Temer de pretender cortar programas sociais, em discursos principalmente a uma plateia predominante de beneficiários.

— Se falassem para vocês, vocês votariam em quem quer diminuir de 47 milhões para 10 milhões? Querem jogar para escanteio 36 milhões de brasileiros. Não votariam não — afirmou Dilma para trabalhadores da usina de Belo Monte, em Vitória do Xingu (PA) na última quinta-feira.

Em visita a obras do eixo norte do projeto de integração do rio São Francisco, em Cabrobó (PE) na sexta-feira, Dilma acusou o eventual governo de valer-se de eufemismos para disfarçar intenções de reduzir gastos sociais.

— Resolveram que essa crise tem que ser enfrentada reduzindo só programa social. Reduzindo. Às vezes, eles mudam a palavra para “rever”, às vezes é “revisitar”, outras vezes é “focar”. Mas é isso que está em curso. Então vamos aqui pensar nós todos juntos — declarou, e complementou:

— É porque se forem para eleição direta, o povo não vota neles. É por isso.

Na cerimônia em Pernambuco, estado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Sila, a presidente também afirmou que a equipe de Temer acha um “desperdício” investir no Bolsa Família, e que o governo novo diria às supostas 36 milhões de pessoas que seriam cortadas dos programas para “se virar”.

— Acham que é um desperdício, um gasto desnecessário o Bolsa Família para a quantidade de famílias que nós colocamos o Bolsa Família para elas — disse a presidente, falando novamente que o governo interino tirará 36 milhões do Bolsa Família, e que a filosofia para essas pessoas será “os 36 milhões que se virem”.


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