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Fiesp publica anúncio pedindo a renúncia de Dilma

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SÃO PAULO. Em anúncio de página inteira publicado em alguns dos principais jornais do país nesta quinta-feira, a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) defende a renúncia imediata da presidente Dilma Rousseff. “Renúncia Já”, diz apenas a peça publicitária da entidade patronal. Em nota, a Fiesp avisou que se reunirá com representantes de associações, federações e sindicatos da agricultura, do comércio, dos serviços e da indústria para debater o agravamento da crise política e econômica do Brasil. A reunião acontece esta tarde em São Paulo.

Ainda na noite de quarta-feira, quando manifestantes contra o governo ocuparam as duas pistas da avenida Paulista para protestar contra a presidente Dilma, depois da revelação do teor dos grampos da Polícia Federal com conversa dela co o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o painel luminoso que cobre toda a fachada do prédio da Fiesp, na mesma avenida, passou a estampar as cores verde e amarelo com uma tarja preta “de luto”, onde se lia também a frase “Renúncia já”.

Desde o final de 2015, depois de decisão de sua diretoria, a Fiesp foi uma das poucas entidades empresariais que passou a defender abertamente o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

No início deste mês, quando a Polícia Federal, atendendo a determinação do juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal do Paraná, conduziu de forma coercitiva o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para prestar depoimento ao investigadores da Operação lava Jato, em São Paulo, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, apontando a “gravidade da situação” e a demora que o rito do impeachment poderia sofrer, passou a defender publicamente a renúncia da presidente Dilma Rousseff.

— Diante do atual cenário e da falta de confiança em relação ao governo e à presidente, e diante do conjunto dos fatos, o melhor seria que ela tomasse a iniciativa e apresentasse a carta de renúncia — disse Skaf em entrevista à Rádio Jovem Pan de São Paulo, em entrevista em 4 de março.

Na quarta-feira, 16, em seguida à confirmação da nomeação do ex-presidente Lula para assumir o comando da Casa Civil do governo, o presidente da Fiesp divulgou nota classificando a medida de “golpe contra a nação brasileira”.

“A ida de Lula para o ministério da Casa Civil é um golpe contra a nação brasileira”, disse Skaf, em comunicado distribuído pela Fiesp.

Em razão do “agravamento da crise política e econômica”, a Fiesp convocou representantes de associações, federações e sindicatos da agricultura, do comércio, dos serviços e da indústria uma “reunião emergencial” na tarde desta quinta-feira para debater a conjuntura atual.


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