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Feriados da Câmara atrasam votação de cassação de Cunha

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BRASÍLIA — A segunda semana seguida de feriados na Câmara vai atrasar o andamento do processo contra o presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), já trabalha com novas datas para que seja julgado o recurso apresentado, nesta quinta, pela defesa de Cunha. Isso poderá acontecer apenas no dia 11 ou 12 de julho, a depender do comprometimento dos deputados em dar quórum às reuniões. Ele previa, inicialmente, que a CCJ analisasse o recurso no dia 7 de julho.

Serraglio criticou a decisão do presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), que liberou os deputados do trabalho, também na próxima semana, por conta dos festejos juninos. Maranhão afirmou que, apesar de não haver votações no plenário, as comissões, como a CCJ, funcionarão normalmente. Apesar do discurso, a Câmara costuma ficar totalmente vazia quando não há sessões plenárias. Nesta sexta, por exemplo, o único movimento no plenário foi a apresentação de um grupo de quadrilha.

— Ele (Maranhão) balançou tudo, surpreendeu todo mundo. Na segunda, eu vou indicar o relator, mas não vou ter ninguém para apreciar o relatório nessa semana. Então a previsão é ler o parecer na outra segunda-feira (dia 4) ou no primeiro dia que tiver gente em Brasília. Preciso achar um jeito — disse.

O presidente da CCJ também quer, na segunda-feira, indicar o relator da PEC que fixa um teto para os gastos públicos em ao menos 9 anos, uma das prioridades do governo interino de Michel Temer (PMDB-SP). A CCJ discute a proposta antes de ela seguir para o plenário.

— Nós não estamos num momento bom para fazer isso (liberar os deputados), é hora de realizar coisas. Nós temos a PEC do teto, da qual também vou nomear o relator na segunda… Tem muita coisa para fazer — disse Serraglio.


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