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Ex-senador Gim Argello e mais oito viram réus na Lava-Jato

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SÃO PAULO – O ex-senador Gim Argello virou réu de uma ação penal na Lava-Jato. O juiz Sérgio Moro aceitou, nesta terça-feira, a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) na sexta-feira contra Gim e outras oito pessoas. O político, filiado ao PTB, foi acusado dos crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e obstrução às investigações.

Além de Gim, também viraram réus seu ex-assessor, Paulo Roxo, seu filho, Gim Argello Junior, e o ex-secretário-geral da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Valério Neves Campos. O juiz também aceitou a denúncia contra os empresários Léo Pinheiro, da OAS, Ricardo Pessoa e Walmir Pinheiro, da UTC, além de José Zardi Ferreira, Dilson Paiva Filho e Cláudio Melo Filho.

Moro não aceitou a denúncia do MPF contra duas pessoas ligadas a Odebrecht: Cláudio Melo Filho e Marcelo Odebrecht. Segundo o juiz, falta “justa causa” pata tornar a dupla ré também nessa ação penal. De acordo com o juiz, ao comentar uma doação feita pela empreiteira a campanha de Argello, “embora seja possível que tais valores se refiram à vantagem indevida, não há elementos suficientes a amparar uma denúncia”.

Argello é acusado de pedir propina a executivos das empresas investigadas pela Lava-Jato para que não fossem convocados a prestar depoimentos durante os trabalhos da CPI instaurada no Senado para apurar crimes havidos na Petrobras e da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito instaurada no Senado e na Câmara para apurar esses mesmos crimes, tudo durante o ano de 2014.

A denúncia cita pedidos de propina que teriam sido feitos por Argello a OAS, Toyo Setal, UTC, Odebrecht, Andrade Gutierrez, Engevix e Camargo Correa. Os pagamentos foram feitos, de acordo com os procuradores, por meio de doações para as campanhas de Gim ou apoiadas por ele. A investigação cita, ainda, doações feitas para a Paróquia São Pedro, de Taguatinga, no Distrito Federal, como forma de dissimular a movimentação de recursos.


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