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Ex-governador do Mato Grosso do Sul é alvo de operação da PF

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SÃO PAULO — A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira a 2ª fase da Operação Lama Asfáltica, que investiga organização criminosa especializada em desviar recursos públicos federais por meio de obras de pavimentação de rodovias, construção e prestação de serviços nas áreas de informática e gráfica. A soma dos contratos investigados chega a R$ 2 bilhões. Os mandados estão sendo cumpridos nos estados do Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná. Um dos alvos é o ex-governador do Mato Grosso do Sul André Puccinelli (PMDB). A polícia cumpriu mandado de busca e apreensão no apartamento do ex-governador, localizado num bairro nobre de Campo Grande, na manhã desta terça-feira.

Policiais ficaram no local por cerca de duas horas e saíram com malotes . Ao G1, a assessoria de imprensa do ex-governador informou que a assessoria jurídica está tomando ciência do teor da investigação e só depois disso se pronunciará.

Durante a primeira fase da operação, deflagrada em julho do ano passado, os investigadores constataram que um grupo superfaturava contratos de obras públicas com a administração governamental, usando empresas em nome próprio e de terceiros, mediante prática de corrupção de servidores públicos e fraudes a licitações, causando desvios de recursos públicos.

Com a análise dos materiais apreendidos nesta etapa, segundo a PF, verificou-se fortes indícios de prática de lavagem de dinheiro proveniente de desvio de recursos públicos e corrupção passiva, já que os envolvidos compraram bens em nomes de terceiros e sacaram dinheiro em espécie para ocultar os valores.

Segundo a PF, 67 mandados judiciais estão sendo cumpridos em três estados: 15 de prisão temporária, 28 de busca e apreensão e 24 de sequestro de bens investigados. As medidas estão sendo executadas em Campo Grande (MS), Rio Negro (MS), Curitiba (PR), Maringá (PR), Presidente Prudente e Tanabi, ambas no interior de São Paulo.

Cerca de 200 policiais federais, com apoio de 28 auditores da Controladoria Geral da União e 44 da Receita Federal participam da operação. Os presos serão encaminhados para a Superintendência da PF em Campo Grande, assim como os materiais objetos das buscas e apreensões.

O nome “Fazendas de Lama” faz referência a procedimentos utilizados pelos investigados na aquisição de propriedades rurais com recursos públicos desviados de contratos de obras públicas, fraudes em licitações e recebimento de propinas, resultando também em crimes de lavagem de dinheiro.


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