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Empresas citadas em operação ‘Boca Livre’ negam irregularidades

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SÃO PAULO – Nove empresas citadas na Operação Boca Livre, deflagrada nesta terça-feira pela Polícia Federal (PF), negaram que tenham cometido irregularidades. Os investigadores suspeitam que o esquema montado pelo Grupo Bellini para fraudar a Lei Rouanet teria contado com a conivência dessas empresas. Ao todo, 14 pessoas foram presas nesta terça-feira acusadas de participar de fraudes de até R$ 180 milhões nos últimos 15 anos.

De acordo com a investigação, o Grupo Bellini conseguia autorização do Ministério da Cultura para captar recursos para eventos culturais por meio da Lei Rouanet, mas usava o dinheiro recolhido com as empresas privadas para realizar esses eventos. A PF descobriu que parte da verba financiou eventos corporativos e a festa de casamento do filho do dono do Grupo Bellini. Ao todo, 14 pessoas foram presas e dez empresas foram alvo de busca e apreensão.

A Scania confirmou que foi um dos alvos dos policiais e informou que está “colaborando integralmente com a investigação e à disposição das autoridades”.

A KPMG no Brasil informou que não é objeto de investigação e que está “certa de que não cometeu qualquer ato ilícito”. Segundo a empresa, PF foi ao escritório “coletar documentos referentes a contratos com empresas de publicidade e propaganda que prestaram serviços para a KPMG”.

Outro alvo dos mandados de busca, a Lojas CEM disse que os projetos culturais em que a empresa investiu “foram feitos, de nossa parte, dentro da mais absoluta regularidade”.

O escritório Demarest Advogados também enviou nota para prestar esclarecimentos sobre a Operação Boca Livre: “O objetivo da visita foi a solicitação de documentos e informações relacionados a empresas de marketing de eventos que prestaram serviços ao escritório no âmbito da Lei Rouanet. O escritório enfatiza que não cometeu qualquer irregularidade, e informa que colaborou e continuará a colaborar com a investigação”.

Outra empresa que negou ser objeto da investigação foi o Grupo NotreDame Intermédica. A empresa enfatizou que não cometeu qualquer irregularidade: “Certa de que não cometeu qualquer ato ilícito, informa, ainda, que colaborou e continuará a contribuir com as autoridades na investigação”.

O Laboratório Cristália informou que “recebeu com surpresa a busca em suas dependências de documentação de agente cultural que lhe prestou serviço de fomento à cultura por meio da Lei Rouanet“. Segundo a empresa, os projetos inscritos na lei “foram apresentados na forma da lei pelos agentes culturais como aprovados pelo Ministério da Cultura”.

Em nota, a impresa Cecil S/A Laminação de Metais afirmou que “não cometeu qualquer irregularidade” e que “não faz parte do seu perfil a utilização de incentivos fiscais”.

O Atacadista Roldão esclareceu que contratou a Bellini Eventos Culturais para a realização de dois projetos culturais e que à PF todos os documentos solicitados. Em nota, a companhia disse que “não admite qualquer tipo de irregularidade ou ilegalidade em suas atuações”.


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