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Em SP, Michel Temer se encontra com ex-aliados de Dilma

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SÃO PAULO – O vice-presidente Michel Temer chegou a São Paulo no início da tarde desta segunda-feira onde, por volta das 16h30, se encontrou com o ex-ministro Moreira Franco (PMDB-RJ) e com Thomas Traumann, ex-porta voz de Dilma Rousseff, em um dos escritórios do líder do PMDB, no Itaim Bibi.

Na chegada ao escritório, Moreira Franco disse como o vice-presidente reagiu à aceitação da abertura processo de impeachment, aprovada pela Câmara dos Deputados no domingo.

— Claro que (Temer reagiu) com um senso da grande responsabilidade, porque, a cada vez que esse processo vai tomando corpo, pesa sobre ele. Temer tem a noção exata do tamanho do desafio que a presidência da república impõe àquele que a exerce. Esse desafio começa pela necessidade de restabelecer a credibilidade do país, a possibilidade de a economia crescer, para que possamos gerar emprego e renda, e tranquilizar a sociedade brasileira — disse Moreira.

O presidente da Fundação Ulysses Guimarães frisou que os três principais problemas do Brasil são “a economia”. Questionado se Temer conseguiria montar um governo até o início de maio, ele foi enfático:

— É obrigação dele. As regras são essas e assim que tem que ser — disse Moreira, sem revelar nomes da equipe econômica que comporia um possível novo governo.

— Acho que o Brasil inteiro está desesperado em busca de uma alternativa. Temer pensa, e eu tenho pensando nisso o tempo todo. Por isso que produzimos o Pontes Para o Futuro, porque temos que tirar o Brasil da crise rápido. O problema maior da sociedade brasileira é a economia. O segundo maior é a economia. O terceiro é a economia. É absolutamente intolerável que tenhamos 284 brasileiros perdendo o emprego por hora.

Na avaliação de Moreira, a votação de domingo foi muito expressiva e “geradora de esperança”, tirando o caráter de “golpe”:

— As manifestações nas ruas foram muito positivas, com as pessoas vibrando com o resultado. Isso é uma primeira etapa, um primeiro passo. Ficou claro que todo esse discurso de golpe não se sustenta. Não se faz golpe com a participação de deputados, a luz do dia, televisionado por todos, com uma cobertura tão ampla. Ainda indo para o Senado, com as sessões comandadas pelo presidente do Supremo. Ou seja, o arcabouço institucional da democracia brasileira, que foi fruto do PMDB, com a Constituição de 1988, está sendo usado para dar uma solução para o problema no campo político-institucional.


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