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‘Ele está catatônico’, diz deputado sobre Maranhão, presidente interino da Câmara

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BRASÍLIA – O deputado Júlio Lopes (PP-RJ), do mesmo partido do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA) resumiu a reação e o sentimento que o colega está vivenciando horas depois de assumir a presidência no lugar de Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

— Ele está catatônico. O ineditismo dos fatos deixou o presidente catatônico! — disse Júlio Lopes, ao sair do gabinete de Maranhão.

Logo depois de ter recebido a intimação do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, avisando-o que teria que assumir interinamente a presidência da Casa porque Cunha estava afastado do mandato, Maranhão se reuniu com os assessores da Secretaria Geral da Câmara e tomou uma decisão que, segundo Júlio Lopes, já voltou atrás: encerrar a sessão plenária extraordinária que tinha sido convocada por Cunha e estava em andamento, embora esvaziada.

A decisão de Maranhão de assumir a presidência da sessão e encerrá-la e só convocar nova sessão para amanhã provocou uma reação irada de deputados que queriam falar sobre o afastamento de Cunha em plenário. Em grupo, deputados como Luiza Erundina (PSOL-SP), Chico Alencar (PSOL-RJ), Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e outros foram até Maranhão cobrar que ele abrisse uma sessão na tarde de hoje para debates.

Segundo Júlio, a pressão surtiu efeito e Maranhão deverá reabrir a sessão na tarde de hoje.

— Eles fizeram pressão e ele abrirá uma sessão na tarde de hoje, sessão de debates.

Maranhão parecia um pouco atônito para lidar com a novidade. Assim que assumiu a presidência e encerrou a sessão, deixou o plenário passando pelo comitê de imprensa, mas não quis conversar com os jornalistas e nem responder ás perguntas que estavam sendo feitas. Foi para o gabinete de Cunha e lá permaneceu por cerca de meia hora, saindo depois para ir ao gabinete da vice-presidência, seu cargo até a manhã de hoje.

Júlio Lopes disse que líderes de partidos se reuniram na manhã desta quinta-feira e decidiram que o melhor é aguardar o julgamento do Supremo sobre a questão, previsto para a tarde de hoje.


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