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Edinho vai interpelar judicialmente ex-presidente da Andrade Gutierrez

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BRASÍLIA – O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, informou, em nota divulgada neste sábado, que entrará com uma interpelação judicial para que o empresário Otávio Azevedo, ex-presidente da Andrade Gutierrez, confirme as acusações feitas em suposta delação premiada. O empresário afirmou que a campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição recebeu dinheiro de propina em forma de doações legais. Edinho Silva era o coordenador financeiro da campanha.

Na nota, o ministro taxou de “mentira escandalosa” a alegação de Azevedo e afirmou que a acusação lhe causa “extrema indignação e perplexidade”. Entre as perguntas que Silva pretende fazer ao empresário na interpelação estão, por exemplo, quais são as planilhas a que ele se refere na delação, com quais empresas, quando e aonde foram combinadas as doações em articulação com a Andrade Gutierrez.

“Sei que não haverá resposta a essas perguntas pelo simples fato de que nada disso existiu. Ainda acredito no Poder Judiciário brasileiro. Acredito que a Legislação brasileira não seja manipulável e que o ônus da prova ainda cabe à quem acusa, ou a quem divulga acusação mentirosa”, diz a nota.

Ele reafirmou que esteve com Otávio Azevedo em Brasília, como relata a suposta delação, a pedido do empresário. Na ocasião, o ex-presidente da Andrade Gutierrez teria, segundo o ministro, definido os valores doados pela empresa e as datas de depósitos bancários, sem mencionar valores de propina:

“Otavio Azevedo jamais mencionou contratos e obras do governo federal, tão pouco fez menção às doações como resultado de vantagens de propinas. As doações foram declaradas à Justiça Eleitoral e os valores mostram que a campanha Dilma-Temer recebeu, inclusive, um valor inferior ao doado ao candidato adversário no segundo turno. Essa é a verdade. O restante é uma tentativa escandalosa de criminalizar doações legais que seguiram as regras e normas da legislação brasileira”, diz o texto.

Ele voltou a criticar os vazamentos seletivos. Segundo o ministro Edinho, a acusação é uma invenção vazada seletivamente que tem como único objetivo atingir a presidente Dilma e interferir no processo de impeachment.

Trechos da delação, obtidos pelo “Jornal Nacional” na sexta-feira, revelaram que o atual ministro da Secretaria de Comunicação, Edinho Silva, então tesoureiro da campanha de Dilma em 2014, teria dito ao ex-presidente da construtora Otávio de Azevedo que as sete empresas mais beneficiadas em contratos deveriam doar os R$ 700 milhões para ajudar nos gastos da corrida eleitoral.


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