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Edinho Silva nega pressão para ajudar caixa 2 de campanha de Delcídio

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BRASÍLIA – O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, reagiu, com irritação, à acusação de que tenha participado de negociação para pagar despesas de caixa dois da campanha do senador Delcídio Amaral (sem partido-RS) ao governo do Mato Grosso do Sul em 2014 com dinheiro da EMS, entre outros laboratórios farmacêuticos. O ministro também negou que tenha pressionado empresários a fazer doações a última campanha da presidente Dilma Rousseff.

“Minha indignação alcançou o nível máximo diante dos últimos fatos envolvendo meu nome, no que se refere às investigações sobre as denúncias de corrupção na Petrobras.Eu jamais mantive qualquer relação com a empresa ou com os fatos investigados”, disse Edinho em nota divulgada nesta quarta-feira. Na semana passada, o procurador-geral Rodrigo Janot pediu abertura de inquérito contra o ministro com base na delação de Delcídio.

Num dos depoimentos da delação, Delcídio disse que foi orientado por Edinho a recorrer à ajuda financeira da EMS para pagar despesas de campanha. A empresa faria a doação com a simulação de contratos com prestadores de serviços da campanha de Delcídio, entre elas a FSB e a Black Ninja. Delcídio teria procurado a EMS, mas as empresas credoras não aceitaram o pagamento com base em simulação de contratos.

Edinho afirma que, de fato, procurou a EMS, mas em busca de recursos para a campanha de Dilma. Ele era tesoureiro da campanha da presidente. O laboratório teria informado que só faria doações para deputados e senadores. Edinho teria, então, repassado a informação a Delcídio que, naquele momento estava em apuros para pagar dívidas de campanha. A partir daí, Edinho se voltou para a campanha de Dilma e deixou o caso Delcídio de lado.

“Nunca mais mantive qualquer contato com este assunto. Nunca estive com as empresas prestadoras de serviços da campanha de Delcídio do Amaral, nem antes, nem durante a campanha. As empresas envolvidas negam a existência de caixa 2, e o próprio delator afirma que nada se concretizou. Não existe fato. Nenhuma ilegalidade ocorreu”, afirmou. Edinho disse ainda que a função de tesoureiro era pedir e ele nunca foi além do que permite a lei.

O ministro também reclamou do que chama de tentativa de criminalização de doações devidamente registradas. Se queixou ainda contra as suspeitas levantadas contra campanha da presidente Dilma. Segundo eles, não é justo acusar a campanha da presidente e poupar as demais porque, em linhas gerais, as doações tinham como origem os mesmos doadores.

“Como que as doações da campanha Dilma 2014 podem ser colocadas sob suspeita e das demais campanhas existentes, na época, no Brasil, não?”, indaga. O ministro afirma que o país vive a pior crise política de sua história, mas a verdade prevalecerá. “Acredito que a verdade sempre vence, e que a luz da razão sempre prevalece sobre as trevas do ódio e do sectarismo”, disse.


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