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Deputados inovam no visual na sessão de votação de impeachment

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BRASÍLIA – Na sessão de encaminhamento do impeachment, deputados exibem visuais que chamam a atenção. Vários deles estão com bandeiras de seus estados amarrados nas costas; os pró-impeachment usam verde e amarelo; os petistas, quase todos, de gravatas vermelhas; as mulheres parlamentares capricharam nas roupas, diferentes das que usam no dia a dia. Tem deputado até com bandeira do Corinthinas às costas. Entre a oposição, era distribuída uma camisa verde com dizeres pró-impeachment. Entre os petistas, placas com a inscrição “Fica, Dilma”.

Nos discursos, muitos argumentos variados. Chegaram até a usar uma versão a favor do impeachment da canção “Prá não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré, música e letra que simbolizam a oposição ao regime militar e que foi recorrente nas manifestações contra Fernando Collor, em 1992. A versão do refrão, entoada por Paulinho da Força (SD-SP), diz: “Dilma vai embora/que o Brasil não quer você/e leva Lula junto/vagabundo do PT”.

O líder do PP, Aguinaldo Ribeiro (PB), que na comissão do impeachment votou contra e foi ministro das Cidades de Dilma, orientou seu partido a votar a favor no plenário. Esse será o seu voto. Ele disse que vota com convicção.

— Não estamos julgando a presidente Dilma, mas seu governo — disse Ribeiro.

Muitos líderes aproveitam o tempo de liderança e, na hora do discurso, autoriza que outros parlamentares da legenda falem também. Assim, acabam se manifestando duas vezes, já que terão dez segundos de tempo para votar.

O líder do PCdoB, Daniel Almeida (BA), chamou a situação de surreal e que há uma conspiração para derrubar Dilma.

— O que legitima um governo é o voto popular. Esse governo de Michel Temer terá a mancha da ilegalidade. Esse golpe não passará — disse Almeida.


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