Deputado compara processo de impeachment com golpe de 1964
BRASÍLIA – O deputado Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) comparou o processo do impeachment da presidente Dilma Rousseff com o golpe militar de 1964 afirmando que os deputados precisam evitar que a esquerda faça o registro da história para que não sejam tratados de golpistas. Ele ressaltou que em 2 de abril de 1964 o Congresso aprovou a deposição de João Goulart, o que ocorreu depois que os militares já tinham tomado o poder.
— Se deixarmos a esquerda seguir registrando a história, amanhã todos nós seremos tachados de golpistas, porque nessa mente doentia deles eles creem de fato que estamos sendo golpistas — disse Eduardo Bolsonaro, que é filho do também deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ).
O deputado prosseguiu afirmando que “eles estão mais preparados que em 1964” para uma reação e citou o repasse de dinheiro a Cuba pelo programa Mais Médicos e outros recursos enviados ao exterior. Eduardo Bolsonaro concluiu seu pronunciamento segurando uma placa que pegou do colega Marcelo Aro (PHS-MG) com a expressão “Tchau, querida”, referência à frase final do ex-presidente Lula em conversa telefônica com Dilma flagrada na Operação Lava-Jato.
Além dele, o líder do PSC, André Moura (SE), falou pela legenda e reforçou o voto pelo impeachment da bancada.
— A prática da corrupção atenta contra a democracia. Estamos aqui para atender a democracia e o clamor do povo brasileiro — disse Moura.