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Delcídio: governistas deram fim a CPI do Cachoeira quando perceberam ‘risco’

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RIO – Em um dos termos da delação premiada, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) falou sobre a instalação e encerramento da CPI do Cachoeira, que investigou as relações do bicheiro Carlinhos Cachoeira. O parlamentar não foi integrante da comissão, criada em 2012, mas disse tê-la acompanhado de perto. Segundo ele, “a CPI foi muito incentivada pelo ex-presidente Lula com o objetivo de atingir o govemador do Estado de Goiás, Marconi Perillo”. Perillo é do PSDB.

Delcídio afirma que não se avaliou muito bem as consequências políticas da instalação da CPI e que, durante os trabalhos, constatou-se que o financiamento de campanha de 2010, especialmente do PT, teria sido realizado por meio de caixa 2, utilizando-se das empresas de Adir Assad, nome que apareceu nas investigações da comissão.

No momento em que as investigações chegaram a esse ponto, de acordo com Delcídio, os próprios componentes da base do goveno se articularam para acabar com a CPI por perceberem os riscos envolvidos. O senador disse não se recordar quem fazia a articulação política do governo nesta época.

O parlamentar declarou ainda que houve reunião com as bancadas de apoio ao govemo, que orientaram os parlamentares que pertenciam à CPI do Cachoeira à encerrar os trabalhos. Delcídio cita que José de Filippi era o tesoureiro da campanha da presidente Dilma Rousseff e era ele quem orientava as empresas doadoras a atender eventualmente a campanha presidencial ou as demais campanhas petistas e aliados a utilizarem as empresas de Adir Assad. Ex-prefeito de Diadema, José de Fillipi foi levado para depor na 24ª fase da Lava-Jato em que o ex-presidente Lula também prestou depoimento. O GLOBO não conseguiu contato com José de Fillipi.


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