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Delator diz que contrato do Planalto pagou despesa de campanha de Dilma

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BRASÍLIA — O lobista Benedito Oliveira Neto, o Bené, afirmou, a partir de um acordo de delação premiada, que Giles Azevedo, um dos mais próximos assessores da presidente afastada Dima Rousseff, usou um contrato da Secretaria de Comunicação da Presidência no valor de R$ 44,7 milhões para pagar dívidas de campanha eleitoral da presidente com a agência Pepper. Segundo Oliveira, o contrato foi firmado entre a Secretaria de Comunicação e agência Click, que teria sociedade com a Pepper. Esta é a primeira vez que surge uma denúncia sobre desvio de dinheiro do Palácio do Planalto para a campanha da presidente.

As informações sobre a delação premiada de Oliveira foram divulgadas pela revista Época e confirmadas ao GLOBO por uma fonte que conhece o caso de perto. Na delação, o lobista disse que soube do uso do contrato da Secretaria de Comunicação para quitar dívidas de campanha a partir de uma conversa com o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT). Pelas investigações da Polícia Federal, Oliveira seria um operador do Pimentel. Ele teria atuado para arrecadar dinheiro para campanha e intermediar pagamento de propina ao governador.

Oliveira falou sobre o contrato da Secretaria de Comunicação dentro das investigações da Operação Acrônimo. A partir de agora, a Polícia Federal deverá abrir um novo inquérito específico para apurar a veracidade das acusações. A delação do lobista já foi homologada pelo ministro Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Oliveira está preso. Em razão do acordo de delação, deverá ser autorizado a acompanhar o restante das investigações em prisão domiciliar nos próximos meses. Ex-chefe de gabinete de Dilma, Giles foi um dos coordenadores da campanha da presidente.


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