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Defesa de Marcelo Odebrecht diz que condenação é ‘grave erro judiciário’

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SÃO PAULO – A defesa do empresário Marcelo Odebrecht, condenado nesta terça-feira a 19 anos de prisão no âmbito da Operação Lava-Jato, classificou a sentença como “injusta”. Em nota, o advogado Nabor Bulhões diz que a condenação só pode ser concebida como “grave erro judiciário ou como expressão de puro arbítrio do julgador “ e que está certo de que a justiça prevalecerá com a completa absolvição de Odebrecht em instâncias superiores.

No comunicado, Bulhões diz que delatores, corréus e testemunhas isentaram o empresário e que a condenação “não encontra fundamento nas provas produzidas nos autos da ação penal, como antecipadamente demonstrou a defesa em suas alegações finais”. Para o advogado, a condenação não encontra fundamento nas provas produzidas no processo e os documentos produzidos não vinculam Marcelo Odebrecht a nenhum ato ilícito investigado pela Operação Lava-Jato.

“Com efeito, com o devido respeito, a condenação imposta só pode ser concebida como grave erro judiciário ou como expressão de puro arbítrio do julgador”, diz o defensor.

Nabor Bulhões encerra a nota dizendo que a defesa continuará lutando pela liberdade do empresário e por sua inocência perante as instâncias superiores “estando, mais do que convicta, certa de que a justiça prevalecerá com a sua completa absolvição”.

Na sentença, Moro considerou que Marcelo Odebrecht se envolveu “diretamente na prática dos crimes, orientando a atuação dos demais, o que estaria evidenciado principalmente por mensagens a eles dirigidas e anotações pessoais, apreendidas no curso das investigações”.

Outros dois ex-executivos do grupo foram condenados nesta terça-feira a penas um pouco menores. Alexandrino Alencar foi condenado a 15 anos, sete meses e dez dias de reclusão e César Ramos Rocha a 9 anos, dez meses e 20 dias por corrupção e associação criminosa.

A maior pena dos condenados na Lava-Jato na decisão de Moro de hoje é a do ex-diretor da Petrobras Renato Duque, da área de Engenharia e Serviços, com 20 anos, três meses e dez dias de reclusão. Ele já havia sido condenado a 20 anos e oito meses por crimes de corrupção em outro processo envolvendo o ex-tesoureiro do PT João Vaccari.


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