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Cotado para SAC, Mauro Lopes é chamado para reunião no Planalto

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BRASÍLIA – O Palácio do Planalto chamou o deputado Mauro Lopes (PMDB-MG), cotado para ser o novo ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), para uma reunião na tarde desta quarta-feira. O parlamentar mineiro será recebido pelo ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, que cuida da relação com o Congresso. A expectativa é que o convite a Mauro Lopes para o ministério seja feito ainda hoje.

Após meses de indefinição, a presidente Dilma Rousseff bateu o martelo, na semana passada, sobre a indicação de Mauro Lopes para a pasta. A decisão foi comunicada na quinta-feira passada ao líder do partido na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), avalista do nome, como mostrou O GLOBO.

A escolha de Mauro Lopes deriva um acordo feito pelo governo para contemplar a bancada mineira do PMDB, que fechou posição a favor da recondução de Picciani à liderança, há duas semanas, na eleição que disputou contra Hugo Motta (PMDB-PB), candidato do presidente da Câmara, o oposicionista Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Inicialmente, os sete deputados mineiros estavam rachados sobre a liderança do PMDB. Um deles, Leonardo Quintão – que em dezembro do ano passado ocupou o cargo de líder por uma semana no episódio da destituição de Picciani, com apoio de Cunha e do vice-presidente Michel Temer – chegou a lançar sua candidatura, mas acabou recuando e se tornou vice-líder na chapa com Picciani. Newton Cardoso Junior também tentou se viabilizar como candidato, mas não obteve apoio suficiente.

A condição imposta pelo Palácio do Planalto para que o ministério fosse entregue a Mauro Lopes era a construção da unidade da bancada mineira em torno a Picciani, que era o candidato governista. Apenas Laudívio Carvalho, a quem Eduardo Cunha entregou a relatoria do Código da Mineração no lugar de Leonardo Quintão, posicionou-se contra a recondução do líder.

Apesar da promessa a Picciani, o Palácio do Planalto preferiu esperar a conclusão da eleição para a liderança para evitar sinais mais contundentes de interferência na disputa e também para garantir que, caso Hugo Motta vencesse, o cargo estivesse disponível para atender a uma indicação sua.

A Secretaria de Aviação Civil era ocupada por Eliseu Padilha, braço direito de Michel Temer, até o início de dezembro passado. Padilha entregou o cargo poucos dias após o presidente da Câmara acatar o pedido de impeachment contra Dilma Rousseff. Na ocasião, o governo chegou a temer uma debandada de ministros do PMDB, o que significaria um desembarque do maior partido aliado, o que acabou não ocorrendo.


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