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Conselho de Comunicação divulga nota de repúdio a agressão contra jornalistas

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O Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional divulgou nesta segunda-feira nota pública de repúdio à agressão de jornalistas, cinegrafistas e outros profissionais da imprensa durante protestos políticos após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ser levado coercitivamente para prestar depoimento na Polícia Federal, na sexta-feira.

“O Conselho exorta a todos para que a liberdade de expressão prevaleça e as discordâncias sejam manifestadas com vigor, mas nunca com o emprego da violência”, diz a nota.

Para os integrantes do conselho, os episódios mostram uma situação grave de desconhecimento do papel da imprensa por parte da população e são uma afronta ao direito de expressão.

— É muito preocupante que os profissionais – jornalistas e radialistas – sejam agredidos durante o exercício da sua profissão. Ocorreu no último fim de semana de forma acentuada, mas não é uma novidade — disse a representante dos jornalistas no colegiado, Maria José Braga.

Segundo a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), o repórter Juliano Dip e o cinegrafista Gabriel Shinjimax, da Band, foram empurrados contra a parede e ameaçados com um pedaço de pau, na sexta-feira. A câmera da equipe foi quebrada, e os dois tiveram que ser retirados do tumulto pela Polícia Militar. A repórter da TV Globo Mayara Teixeira também teve a câmara quebrada. Os repórteres Renato Biazzi e David Irikura, também da Globo, sofreram empurrões. Um carro da emissora foi recebido a pontapés na sede do PT. E a repórter Bruna Vieira foi fortemente hostilizada.

Veja íntegra da nota abaixo:

Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional repudia a repetição de agressões contra profissionais da comunicação

Profissionais da comunicação, como jornalistas, radialistas e outros trabalhadores, garantem que a cidadania receba, a todo tempo, informações, imagens, depoimentos, análises e opiniões sobre os fatos da vida.

Entretanto, nos últimos dias, agressões físicas como forma de expressão da discordância têm-se repetido com frequência alarmante. O Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional registra a sua preocupação com a sequência de um processo crescente de violência contra trabalhadores da comunicação, conforme já manifestado no seu Parecer nº 1, de 2016.

O Conselho exorta a todos para que a liberdade de expressão prevaleça e as discordâncias sejam manifestadas com vigor, mas nunca com o emprego da violência.

O Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional solidariza-se com as vítimas e condena o lamentável aumento da violência contra comunicadores no Brasil, tema que considera da maior gravidade.

Brasília, 7 de março de 2016.

Miguel Ângelo Cançado

Presidente do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional


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