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Comissão do impeachment deve debater relatório do relator no fim de semana

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BRASÍLIA — O presidente da comissão especial do impeachment, Rogério Rosso (PSD-DF), admitiu a possibilidade de que as discussões sobre o parecer do relator Jovair Arantes (PTB-GO) se estendam pelo fim de semana, depois de se reunir com as lideranças partidárias. Isso porque não houve acordo para diminuir o tempo de fala dos parlamentares, que formaram fila antes da sessão para formar a lista de oradores. Nesta quarta-feira, Arantes apresentou voto favorável ao impeachment da presidente ao creditar a Dilma Rousseff o crime de responsabilidade pelas ‘pedaladas’ fiscais e pela abertura de créditos suplementares sem o aval do Legislativo.

Apresentado o relatório do relator, os membros da comissão terão até sexta-feira para analisar o documento — um pedido de vista que corresponde a duas sessões legislativas. O início da fase de debates está previsto para as 15h de sexta. A partir daí, os 65 integrantes e os 65 suplentes poderão discursar por 15 minutos cada um. Os parlamentares que não forem membros, mas que tiverem se inscrito para falar terão direito a 10 minutos.

— Não há acordo e a chance de prosseguirmos durante o fim de semana é grande — esclareceu Rosso.

Segundo o GLOBO apurou entre segunda e terça-feira, o processo de impeachment deve ser resolvido voto a voto. A oposição hoje coleciona 30 votos — está a três de formar maioria para aprovar o parecer favorável ao afastamento na comissão — enquanto o governo reúne 18 contrários à continuidade do processo. A disputa, no momento, é para conquistar o apoio dos 17 parlamentares que se dizem indecisos. O cenário é imprevisível, uma vez que ainda faltam orientações partidárias e o governo trabalha para recompor a base a partir da negociação de cargos com partidos menores em troca de apoio na votação.

A sessão de leitura do relatório começou por volta das 15h, com uma confusão devido à presença de representantes da Advocacia-Geral da União (AGU) que desejavam usar a palavra. Deputados da oposição queriam a retirada dos funcionários da AGU. Por fim, Rosso decidiu que somente parlamentares poderiam apresentar os questionamentos regimentais e sugeriu que os advogados municiassem deputados nesse sentido. O presidente autorizou que eles ficassem no local, embora sem direito à palavra.


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