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Com nova ordem, Galinha abrirá votação do impeachment na Câmara

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RIO — Com a nova ordem divulgada na tarde desta quinta-feira pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), o deputado Afonso Hamm (PP-RS) não será mais o primeiro a dar seu voto pelo impeachment na Casa, no próximo domingo. Como a lista será alternada entre estados do Norte e do Sul, começando por Roraima, quem abrirá a votação será o deputado Abel Mesquita Jr. (DEM), que também seria o primeiro no caso de uma ordem alfabética simples. O parlamentar é mais conhecido por Abel Galinha, nome também da rede de postos de gasolina que ele possui em seu estado. Somente no ano passado, a empresa de Galinha foi contemplada com R$ 1,2 milhão do governo federal, segundo dados do Portal da Transparência.

Na sua página na internet, o deputado tem destacado a sua atuação na CPI da Funai. Há cerca de um mês, no Twitter, ele pedia a renúncia da presidente Dilma Rousseff, deixando clara qual será sua posição no próximo domingo. “As manifestações refletem a vontade do povo. Por isso, o melhor para o país hoje é a renúncia da presidente Dilma”, afirmou.

Além de participar da CPI da Funai, a Fundação também é uma das principais clientes de Galinha no governo federal. Dos R$ 1,2 milhão que sua rede de postos de gasolina recebeu no ano passado do governo federal, cerca de R$ 240 mil vieram do órgão voltado para a preservação dos direitos indígenas.

Abel Galinha também foi citado no ano passado numa reportagem do “Fantástico”, da TV Globo, sobre os altos gastos dos vereadores da Câmara Municipal de Boa Vista, capital de Roraima. A reportagem mostrou que, na época em que era vereador, Galinha pagou para ele mesmo R$ 80 mil pela compra de combustível para o seu gabinete.

“E eu ia comprar de quem?”, perguntou a época.

Com a reviravolta, o deputado Afonso Hamm (PP-RS) será o segundo a votar. Conforme o GLOBO mostrou essa semana, Hamm é investigado na Operação Lava-Jato, que investiga um esquema de corrupção na Petrobras. Ele foi citado em delação do doleiro Alberto Youssef como um dos parlamentares que receberam propina no PP, mas negou as acusações.


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