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‘Cobertura vizinha à de Lula tinha que ser comprada por conhecido’, diz Okamotto

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SÃO PAULO — O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, alegou que a cobertura vizinha à do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Bernardo do Campo (SP), precisava ser comprada por uma pessoa conhecida. O jornal “O Estado de S. Paulo” revelou nesta segunda-feira que o imóvel pertence ao aposentado Glaucos da Costramarques, primo do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula.

— Ser vizinho de um político sempre tem transtorno. A pessoa que compra um apartamento daquele não pode ser totalmente desconhecida — disse Okamotto.

O apartamento 121 do edifício Hill House foi comprada em 2011 por Glaucos. Lula é dono do apartamento 122, mas usa o 121 desde 2003, quando assumiu a Presidência. Inicialmente, o aluguel era pago pelo PT para que Lula guardasse o acervo que havia doado ao partido. Entre 2007 e 2010, o governo pagou o aluguel, com a alegação de que precisava do imóvel por questão de segurança do ex-presidente.

— Aquele imóvel de São Bernardo foi alugado na época que ele foi presidente. E o aluguel continua, só que agora quem aluga é o ex-presidente — reconheceu Okamotto.

Glaucos admitiu ao “Estado de S. Paulo” que a compra foi intermediada pelo advogado Roberto Teixeira, compadre do ex-presidente. De acordo com o presidente do Instituto Lula, o comprador do apartamento vizinho ao de Lula deveria ser uma pessoa que não tivesse interesse em usá-lo.

– Ali precisava de uma pessoa que comprasse e não tivesse interesse de usar. A pessoa comprou já sabendo que estava frente a frente (com o imóvel de Lula).

Na última sexta-feira, o presidente do Instituto Lula também foi alvo da 24ª fase da Operação Lava-Jato. Okamotto foi levado par prestar depoimento na sede da Polícia Federal, na Lapa, em São Paulo.


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