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Chico Buarque nega censura à obra de Cláudio Botelho

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RIO – A assessoria do compositor Chico Buarque publicou nesta quinta-feira nota no Facebook para defender o artista da acusação de que houve censura ao diretor de teatro Cláudio Botelho. O compositor desautorizou o diretor de usar suas canções no musical “Todos os musicais de Chico Buarque em 90 minutos”, após Cláudio Botelho, diretor do espetáculo, se envolver em confusão com o público que assistia à peça em Belo Horizonte porque criticou a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Esta mensagem é para aqueles que tentam classificar de censura o legítimo direito, amparado por lei, de um artista autorizar ou desautorizar o uso de sua obra segundo os seus próprios critérios.

Qualquer pessoa tem o direito de defender opiniões políticas antagônicas às de Chico Buarque, assim como ele tem o direito de impedir que estas ideias sejam associadas às suas canções.

Foi seguindo este princípio que, durante o governo Médici, o artista protestou contra a utilização de “A Banda” como fundo musical de uma propaganda do Exército”, diz a nota.

Em um primeiro momento, Botelho afirmou que ele havia sido “censurado”. No entanto, na terça-feira, ele pediu desculpas a Chico Buarque e afirmou que comparou, “equivocadamente”, o episódio de sábado com o histórico atentado à “Roda viva”, encenado por José Celso Martinez, quando atores como Marília Pêra, foram atacados e espancados duas vezes por simpatizantes da ditadura militar.

No mesmo dia, a assessoria de Chico afirmou que o compositor “recebeu e aceitou o pedido de desculpas”. Sobre o veto ao uso de sua obra, a equipe do músico informou que ele pode mudar de ideia.


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