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Cardozo diz que decidirá ‘oportunamente’ entrada de recurso no STF contra Cunha

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BRASÍLIA – Em entrevista nesta quinta-feira após a exposição na comissão especial do impeachment no Senado, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, disse que será decidido “oportunamente” eventual recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF) em nome da defesa da presidente Dilma Rousseff questionando a existência de “desvio de poder” do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que fora afastado de suas funções no Congresso Nacional nesta quinta-feira.

– A questão em relação à judicialização veremos no momento oportuno. Como vão dizer no Legislativo que não tem desvio de poder? – questionou.

Ele ressaltou que a questão já foi levada ao Supremo por parlamentares em mandado de segurança, que já teve liminar negada pelo ministro Gilmar Mendes.

Cardozo disse ser favorável à investigação dele próprio e da presidente Dilma Rousseff com base na delação do ex-líder do governo no Senado Delcídio Amaral (sem partido-MS). O pedido foi feito ao STF pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

A Advocacia-Geral da União (AGU) diz não haver sentido na acusação de que a nomeação de Marcelo Navarro para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) tinha como objetivo interferir na Operação Lava-Jato, com a liberdade de Marcelo Odebrecht. O ministro votou nesse sentido no STJ, mas foi derrotado por 4 votos a 1 na Corte.

– Fico feliz que se investigue, porque é tão sem substância, tão sem credibilidade, que não sobreviverá. Daqueles que decidiram na Câmara, no STJ, três foram nomeados pela Dilma. Por que eu teria negociado só com um e não com três? – questionou.

O AGU disse acreditar que não haverá repercussão política desse fato porque Delcídio não tem credibilidade e que não pode haver interferência no processo do impeachment porque o objeto é outro.


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