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Caixas em depósito de São Bernardo tinham as palavras ‘sítio’ e ‘praia’

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SÃO PAULO – Imagens feitas sexta-feira passada pela Polícia Federal (PF) em um depósito de São Bernardo do Campo (SP) mostram as palavras “sítio” e “praia” escritas nas caixas que guardariam os pertences trazidos de Brasília pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As fotografias aparecem em um pedido feito pelo delegado Márcio Anselmo para que o juiz Sérgio Moro informasse se o material deveria ser apreendido ou apenas catalogado.

No relatório, os policiais federais não fazem nenhuma relação entre essas caixas e o sítio de Atibaia ou o triplex do Guarujá, no litoral. O delegado diz apenas que há indícios que o aluguel do depósito foi pago pela construtora OAS, por R$ 21,5 mil mensais. A palavra “praia”, aparece em uma caixa onde está escrito: “Caixa 8 – Cerâmica – Para Presidência da Rep A/C dr. Eduardo”. As fotos das caixas da mudança do ex-presidente Lula foram divulgadas na tarde desta quarta-feira pelo site “O Antagonista”.

Após analisar o pedido da PF, o juiz Sérgio Moro afirmou que não lhe parecia “proporcionalmente viável” aprender todos os itens do depósito “para verificar o que se trata”. Ainda segundo Moro, “não há causa fundada” para apreender tudo. O juiz já havia sugerido que os policiais lacrassem o depósito e catalogassem todos as caixas ali presentes. “Se não for possível relacionar todos os bens e promover o lacre, fica a diligência no ponto prejudicada”, escreveu Moro.

Segundo a investigação da Lava-Jato, a OAS teria pago R$ 1,3 milhão para armazenar itens do ex-presidente entre janeiro de 2011 e janeiro deste ano.

O Ministério Público Federal descobriu que o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, teria sido o responsável pela negociação do armazenamento com uma empresa de containers. No entanto, no papel, quem formalizou o contrato foram representantes da OAS, que registraram em contrato a “armazenagem de materiais de escritório e mobiliário corporativo de propriedade da construtora OAS Ltda“.


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