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Barril de Pólvora: Presos de facções rivais são colocados no mesmo pavilhão em Alcaçuz

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Duas armas de fogo, 100 celulares e 700 armas artesanais, além de munições e drogas, foram apreendidos durante a operação pente-fino, realizada nesta segunda-feira (20), a partir das 5 horas, no pavilhão 1 do presídio de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte.

 

A revista ocorreu após a transferência dos 800 presos que estavam no local, e também nos pavilhões 2 e 3 – que ainda serão vistoriados -, para o presídio Rogério Coutinho Madruga, chamado de pavilhão 5.

“Encontramos cerca de 100 celulares, aproximadamente 700 armas artesanais e facas, bem como duas armas de fogo. As revistas nos pavilhões 2 e 3 continuam sendo feitas e serão concluídas nesta terça-feira [21]”, explicou Francisco Klenberg Batista, agente federal de execução penal e um dos coordenadores da operação.

O processo, segundo o portal G1, foi necessário para que seja realizada a reconstrução da maior penitenciária do Rio Grande do Norte, após rebeliões em janeiro, que deixaram pelo menos 26 presos mortos.

O problema é que, no pavilhão 5, para onde foram levados os presos da facção Sindicato do RN, estão também os integrantes do PCC. A situação tem causado preocupação na Coordenadoria de Administração Penitenciária.

“Não é viável colocar duas facções rivais juntas, somando um total de mais de 1.200 presos. Isso pode causar uma revolta generalizada em todas as unidades prisionais do estado”, considerou o órgão.

Mas Batista ressalta que os agentes da força tarefa do Departamento Penitenciário Nacional vão assegurar a segurança do pavilhão 5. “A força tarefa garante que não há possibilidade de confrontos. Os presos estarão separados e teremos efetivo suficiente de agentes para garantir a segurança na unidade ao longo de todo esse período”.

O Sindicato dos Agentes Penitenciários do RN também fez um alerta sobre os riscos. “Embora seja evidente a necessidade de reconstrução da referida unidade prisional, a operação idealizada pela FTIP do Ministério da Justiça trata-se de uma operação de altíssimo risco, não pelo fato de confinar no mesmo ambiente presos da facção PCC juntamente com presos da facção SCRN. Trata-se de uma operação de altíssimo risco em face dos desdobramentos para o que poderá acontecer para além do Complexo de Alcaçuz”.


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