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Autores do pedido de impeachment atacam PT e Dilma em ato na USP

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SÃO PAULO – Autores do pedido de impeachment da presidente Dilma Roussef, os juristas Miguel Reale Júnior e Hélio Bicudo participaram, na noite desta segunda-feira, de um ato na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, da USP, no Centro da capital paulista, a favor do impeachment da presidente Dilma Housseff.

O evento acontece pouco depois de o Advogado Geral da União (AGU), ministro José Eduardo Cardozo, apresentar a defesa da presidente na comissão da Câmara dos Deputados que analisa o pedido de impedimento.

— É triste para nós vermos um jurista tentando vender o peixe dele —afirmou Hélio Bicudo sobre a sustentação oral de Cardozo, na chegada ao evento.

Ao subir ao parlatório da faculdade, Bicudo foi muito aplaudido, acompanhado de gritos de “Fora, Dilma”.

— É preciso dar um basta à Dilma e a todo esse descalabro. Nunca vi tanta pouca vergonha a tomar conta desse país — disse, completando: — Fora os ladrões deste governo.

Mais cauteloso, Reale Jr. disse não estar certo da queda de Dilma.

— Vai depender de alguns deputados que devem decidir entre o bolso e a honra —afirma.

O jurista criticou ainda medidas consideradas populistas, tomadas pelo governo e que ajudaram a endividar o país.

— Eles deviam ter deixado de fazer medidas populistas, fixar preços do petróleo para a gasolina, da eletricidade, que sobraria dinheiro. Mas aí teve que fazer as pedaladas. Isso se chama estado de necessidade, quando não há outro meio. O ajuste fiscal é um dos pilares da economia. Na hora que cai é como efeito dominó. Surgiram juros, inflação e agora recessão — apontou Reale. — (Ela) disse que veio defender o povo e agora está causando desemprego e medo.

Do parlatório, Reale disparou:

— Uma quadrilha tomou conta do país. Se fossem responsáveis teriam tomado medida de reajuste fiscal. Irresponsáveis. Tudo porque queriam tomar o governo — discursou, finalizando: — Deleta Dilma!

Após o ato no Centro de São Paulo, uma das autoras do pedido de impeachment, Janaína Paschoal criticou a defesa da presidente Dilma que o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, fez nesta segunda-feira na comissão que analisa o processo, em Brasília.

Para a jurista, a leitura de Cardoso é “equivocada”, uma vez que Dilma praticou seus atos em pleno exercício de suas funções, “tanto com relação à Petrobras, como às pedaladas e decretos”.

– Aquele argumento do ministro não tem menor razão de ser – disse, complementando:

– E as pedaladas não eram para pagar programas sociais, mas muito mais para que o BNDES fosse usado para enriquecer pessoas próximas ao Lula – acusou.

Sobre a alegação de que outros governos praticavam pedaladas, Janaína disse haver “grande diferença” de cenário:

– Se olhar os gráficos, mesmo no do governo Lula, foi algo insignificante. Não estou afirmando, mas não vi nos outros governos que não foi declarado. Mas no dela está documentado que não foi (insignificante).


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