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Anastasia rebate acusações e diz que processo no Senado não avalia ex-mandatários

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BRASÍLIA – O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) disse nesta quinta-feira que está sendo alvo de “falsas acusações” de integrantes do PT quanto às supostas irregularidades que teria cometido em seu mandato como governador de Minas Gerais. Segundo as acusações, ele teria lançado mão de manobras fiscais parecidas às que podem levar ao impedimento do governo de Dilma Rousseff.

Ele afirmou que manterá a “serenidade” como relator do processo de impeachment na comissão especial do Senado, argumentando que o que está sendo apreciado no Congresso Nacional não trata de “ações de ex-mandatários” e sim das ações cometidas pela atual presidente da República. Irônico, ainda disse que seu governo terminou há anos.

— Essas manobras não vão me retirar, em nenhum momento, a seriedade, a responsabilidade e a serenidade no exercício dessa tarefa importante de ser o relator. Não têm qualquer fundamento. Quero sempre relembrar que nesse processo o objeto não é análise de ações de ex-governadores, ex-prefeitos e ex-presidentes, mas da atual presidente da República. Vou continuar trabalhando normalmente. É uma falsa acusação — disse Anastasia.

Petistas acusam o tucano de ter utilizado manobras fiscais durante sua gestão no governo de Minas e não ter cumprido os percentuais mínimos de investimentos em educação e saúde previstos na Constituição.

O presidente da comissão especial, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), defendeu a permanência de Anastasia na relatoria. Ele disse que, se o bloco do governo quiser, que recorra ao Supremo Tribunal Federal (STF).

— É um direito que o bloco do governo de entrar com recursos no STF, é um direito. Não vejo a menor possibilidade de que isso possa prejudicar o trabalho do Anastasia, que é muito afável e moderado e que é muito bom estar no lugar que está — disse Lira.

O senador admitiu que a maioria da comissão é de oposição, mas disse que as pessoas podem mudar de opinião.

— Verificamos que há uma predominância nessa comissão de senadores da oposição, mas o julgamento de cada um pode mudar. Até o momento pode, sim, já ter havido juízo de valor, mas as pessoas humanas (sic) podem mudar, dependendo da capacidade de convencimento de cada lado — disse Lira, que ainda rebateu a declaração do Prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel de que há risco de golpe no país: — O que estamos vendo aqui é a imprensa livre do nosso país. Imprensa livre com total liberdade de expressão não combina com a palavra golpe — disse ele.


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