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Dólar sobe a R$ 3,62 com compra de US$ 3,4 bi pelo BC; Bolsa cai 1%

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RIO – Agindo segundo a máxima de que sempre “sobe no boato e realiza lucros no fato”, o mercado financeiro reage de forma negativa nesta segunda-feira após o “sim” da Câmara dos Deputados à continuação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O dólar comercial, que chegou a abrir em forte queda inverteu a trajetória após o Banco Central (BC) anunciar intervenção no câmbio e acentuou a alta depois da abertura da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A moeda americana agora sobe 1,84%, cotada a R$ 3,591 para venda. Na máxima, atingiu R$ 3,620. Já a Bolsa registra desvalorização de 0,84%, aos 52.782 pontos.

Na mínima, o dólar chegou a valer R$ 3,479 antes de o BC chamar leilão de 80 mil contratos de “swap cambial reverso”, operação que equivale à compra de dólares no mercado futuro. No fim, o BC encontrou demanda para 68.840 contratos, em um total de US$ 3,42 bilhões.

JUROS FUTUROS RECUAM

Na semana passada, o BC enxugou US$ 24,7 bilhões do mercado por meio dessa operação, para evitar que o otimismo dos investidores com a possibilidade de impeachment desvalorizasse demais o dólar. Isso, na avaliação da autoridade monetária, prejudicaria as exportações e as empresas que vinham se preparando para uma alta do dólar. Apesar de toda essa artilharia, na semana a moeda recuou 1,97%.

O bom humor dos investidores após a aprovação do impeachment na Câmara se reflete na expectativa de juros futuros. Os contratos DI com vencimento em janeiro de 2021 recuaram de 13,04% para 12,89% ao ano. A taxa indica a previsão do mercado financeira para a taxa básica de juros da economia, a a Selic, naquela data. Já o contrato com prazo em janeiro de 2017 recua de 13,60% para 13,54%.


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