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Com leilão do BC, dólar comercial sobe 0,86%, a R$ 3,614

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SÃO PAULO – A atuação do Banco Central (BC) no mercado de câmbio faz o dólar comercial operar em alta nesta segunda-feira. às 12h33, a moeda americana era negociada a R$ 3,612 na compra e a R$ 3,614 na venda, com valorização de 0,86%. Já a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registrava alta de 0,54%, aos 51.087 pontos.

Com a forte desvalorização do dólar nos últimos pregões, o BC decidiu atuar para conter a volatilidade e, na sexta-feira à noite, anunciou para este pregão um leilão de 20 mil contratos de “swap cambial reverso”, instrumento que na prática possui efeito de compra da moeda no mercado futuro. Essa operação não era realizada há três anos. Na semana passada, a moeda encerrou a R$ 3,583 na venda, um recuo de 1,88% ante o real e o menor valor desde os R$ 3,552 de 27 de agosto do ano passado.

Essa desvalorização dos últimos pregões já começa a fazer efeito nas projeções da taxa de câmbio para o final do ano. O relatório Focus, em que o BC compila as expectativas de analistas e economistas, aponta para um dólar de R$ 4,20 ao final do ano, ante R$ 4,25 da semana anterior.

Apesar da pressão exercida pela autoridade monetária, os investidores estão de olho nos desdobramentos da crise política. Sinais de enfraquecimento do governo e avanço do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff tendem a estimular a venda da moeda e, assim, a cotação cair.

No exterior, o dólar está praticamente estável, com leve alta de 0,17%, segundo o “dollar index“ da Bloomberg.

PETROBRAS EM QUEDA

No mercado acionário, as ações mais negociadas perdem força, em um movimento em que os analistas creditam a uma realização de lucros, ou seja, quando os investidores vendem os papéis para embolsar os ganhos dos últimos pregões.

As ações da Petrobras registram queda. À noite, a estatal irá divulgar o resultado da empresa no quarto trimestre. As preferenciais (PNs, sem direito a voto) caem 0,36%, cotadas a R$ 8,09, e as ordinárias (ONs, com direito a voto) recuam 0,48%, a R$ 10,25. No exterior, o petróleo está praticamente estável. O do tipo Brent é negociado a US$ 41,18, pequena variação negativa de 0,05%.

— Há um movimento de realização de lucro e o mercado também está em compasso de espera. Está vendo o que vai acontecer no mercado político — disse Luiz Roberto Monteiro, operador da Renascença Corretora.

No caso da Vale, as quedas são de, respectivamente, 0,79% (PNs) e 1,89% (ONs). Já as preferenciais do Itaú Unibanco passaram a recuar, com queda de 0,48%, e as do Bradesco têm alta de 1,23%. No caso do Banco do Brasil, a queda é de 0,09%.

O Ibovespa segue os principais indicadores do mercado internacional.

O DAX, de Frankfurt, recua 0,34% e o CAC 40, da Bolsa de Paris, cai 0,87%. O FTSE 100 tem recuo de 0,24%. Nos Estados Unidos, Dow Jones cai 0,18% e o S&P 500 recua 0,28%.


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