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BC volta a intervir no mercado de câmbio e dólar sobe a R$ 3,52

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RIO e SÃO PAULO — O Banco Central voltou a atuar no mercado de câmbio nesta manhã e vendeu todos os 80.000 contratos de swap cambial reverso oferecidos em leilão realizado entre 9h30 e 9h40, o equivalente a cerca de US$ 4 bilhões. Com isso, a moeda americana está em alta frente ao real e às 10h15 estava sendo negociada a R$ 3,525 na venda, uma valorização de 1,40%. Um novo leilão será realizado ainda nesta manhã com oferta de 40 mil contratos, o equivalente a US$ 2 bilhões.

Analistas avaliam que apesar das intervenções do BC para manter o dólar comercial acima de R$ 3,50, a tendência para a moeda é de queda influenciada pelo fator político, cujo foco é sessão na Câmara que irá decidir sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no domingo. A expectativa do mercado é que o BC continue fazendo os leilões de swap cambial reverso (que equivalem a uma compra futura de moeda).

“O noticiário político (com o julgamento do STF desfavorável ao governo em relação ao impeachment) ainda deve fazer com que haja pressões para a apreciação do real”, diz o relatório da SulAmérica Investimentos, assinado por Newton Rosa.

Ontem, mesmo com o BC retirando US$ 6 bilhões de circulação através dos leilões, o dólar comercial não teve força para subir e fechou praticamente estável, cotado a R$ 3,476, com pequena variação negativa de 0,02%.

Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), o Ibovespa, índice de referência do mercado de ações brasileiro, começou o dia em alta. Às 10h11m, o índice subia 1,16% aos 53.040 pontos.

“Hoje temos mais um dia complicado para os mercados de risco, especialmente no cenário local. Vamos ter que repercutir as decisões do STF sobre liminares não acatadas pelo STF, que favoreceriam o governo, a postura do Bacen em relação ao câmbio e suas operações de swap cambial reverso e ainda os discursos inflamados na plenária da Câmara”, diz em relatório Álvaro Bandeira, economista-chefe do home broker Modalmais.

No cenário externo, a divulgação de indicadores econômicos da China trouxe números melhores que os esperados. O PIB do primeiro trimestre registrou expansão de 6,7% anualizado, mas ainda assim mostra a menor expansão desde 2009.


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