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Principal procedimento contra o câncer de colo do útero, braquiterapia tem fila zerada no FCecon

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A braquiterapia (procedimento interno de radiação), considerada uma das principais modalidades de radioterapia, é voltada para o tratamento do câncer de colo do útero, e teve a fila zerada, neste mês, na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), unidade de referência em cancerologia na região. A unidade tem essa fila de espera como a segunda zerada nos últimos dias. A primeira foi a de neurocirurgias oncológicas de alta complexidade, no mês passado.

O câncer de colo do útero é o que mais atinge as amazonenses, segundo recente projeção do Instituto Nacional do Câncer (INCA), órgão subordinado ao Ministério da Saúde. São aguardados, para o Estado, 680 novos diagnósticos da doença, uma média de 37 casos para cada 100 mil mulheres só este ano.

Segundo o radioterapeuta Leandro Baldino, gerente de Radioterapia da FCecon, um esforço conjunto da equipe, além da ampliação do horário de atendimento no Serviço, reduziram o tempo de espera e otimizaram o atendimento, não só para essa, como também para as demais modalidades de tratamento de radioterapia, considerada um dos mais importantes meios terapêuticos contra o câncer, na atualidade.

“Nosso tempo médio de espera, entre consulta e início de tratamento, é de duas semanas. No caso da braquiterapia, especificamente, o início é quase imediato. Hoje, temos 30 mulheres em tratamento nessa modalidade, além de outras 167 pessoas submetidas a sessões no acelerador linear e bomba de cobalto. Só essas duas máquinas abrangeram 521 pacientes, de janeiro a abril deste ano”, afirmou. Atualmente, a capacidade do setor é de 230 pacientes ao dia, contemplando as três modalidades disponíveis de tratamento.

A FCecon deve fazer, até o próximo ano, a aquisição de um novo aparelho de braquiterapia, além de receber uma doação de mais um acelerador linear, fornecido pelo Ministério da Saúde. Baldino adiantou que, com os dois aparelhos, a oferta na instituição será aumentada em pelo menos 100 vagas.

Outro fator além da Radioterapia chamou a atenção em 2017, com números acima da média: O Laboratório de Análises Clínicas. O setor registrou um aumento de 20,9% em procedimentos realizados. Foram 205.690 exames nos primeiros cinco meses de 2016 contra 248.811, no período de janeiro a maio deste ano. Isso significa um acréscimo de 43,1 mil análises. Os resultados são fruto de uma otimização estratégica do acesso aos exames, a partir de uma reestruturação no serviço realizada ao longo dos últimos 12 meses.

Karyellen Araújo, gerente do Laboratório de Análises Clínicas da FCecon, explicou que o aumento da demanda foi também fator determinante para o aumento no número de exames. “As análises de laboratório são de extrema importância no âmbito oncológico, pois auxiliam de forma complementar, tanto no diagnóstico como no controle integrados; nós conseguimos manter a qualidade dos nossos exames e garantimos um fluxo contínuo no setor”, explicou.


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