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Prefeitura de Manaus volta a usar o Brasão como ícone da cidade e marca da administração

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 O Prefeito Arthur Vírgilio acompanhado da Primeira-dama Elisabeth Valeiko, lançaram o Brasão oficial hoje na casa Militar 

A Prefeitura de Manaus está resgatando o Brasão Oficial da cidade como ícone e marca da administração municipal. O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, acompanhado da Primeira-dama Elisabeth Valeiko,  assinou, nesta quarta-feira, 28/6, em solenidade no auditório da Casa Militar, decreto municipal que determina a utilização do Brasão como identidade visual oficial do município. O símbolo, totalmente reestruturado, passa a assinar todo o material produzido pela Prefeitura de Manaus. O decreto será publicado na edição eletrônica desta quarta-feira, do Diário Oficial do Município (DOM). 

“O Brasão da prefeitura é a nossa marca oficial, é a nossa história. É a nossa cara. É o nosso passado, o nosso presente. Eu espero que nos projete para um futuro brilhante, social e econômico. Não adianta inventar logomarcas porque não vai ser um governo melhor, ao contrário, o governo fica melhor quando se conscientiza que tem uma identidade histórica. E que essa identidade histórica venha para nós com todas as forças espirituais, psicológicas e físicas para construirmos uma Manaus melhor”, disse o prefeito.

O novo brasão foi desenvolvido pela agência de publicidade Mene & Portella, sob a coordenação da Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom), e apoio do doutor em História do Amazonas e professor da Ufam, Auxiliomar Silva Ugarte, além de designers e pesquisadores que se envolveram no trabalho nos últimos seis meses. O novo brasão, com elementos que simbolizam a identidade de Manaus, segue as descrições do decreto municipal de 17 de abril de 1906.

A apresentação da pesquisa histórica, conceito e novo design do brasão foi feita pelo secretário de Comunicação, Marcos Santos, que lembrou um texto de Arthur Virgílio Neto, em 1990, quando prefeito pela primeira vez, destacando a importância do administrador público em se empenhar no resgate da história de sua cidade e de seu povo. “E é esse mesmo espírito que nos leva a buscar o resgate do brasão como marca oficial da cidade, a pedido do prefeito Arthur”, disse Santos.

A volta do Brasão como ícone da cidade e marca da administração municipal faz parte de um trabalho de resgate histórico que vem sendo realizado pela Prefeitura de Manaus, na gestão do prefeito Arthur Virgílio Neto, desde 2013, com a reinauguração do Mercado Municipal Adolpho Lisboa e do Paço da Liberdade; seguindo com a nova avenida Eduardo Ribeiro e o resgate do Centro Histórico da Cidade, como um todo, a partir do projeto Viva Centro e PAC Cidades Históricas.

Não é a primeira vez que Arthur Neto mergulha na busca do resgate do brasão como símbolo da cidade. Em 1991, em sua primeira gestão como prefeito de Manaus, ele utilizou o Brasão como símbolo oficial da sua administração.

HISTÓRICO E PESQUISA

O Brasão é um símbolo que identifica grupos, famílias ou locais. O escudo da cidade de Manaus foi utilizado pela primeira vez em 1906, por Adolpho Guilherme de Miranda Lisbôa, superintendente municipal. O decreto que instituiu o Brasão de Manaus dá as orientações para a sua criação. Na parte superior está a data de “21 de Novembro de 1889”, dia em que a cidade aderiu à Proclamação da República.

Pela nova configuração, o brasão apresenta nas duas partes menores de seu desenho, o Encontro das Águas, com a expedição de Francisco Orellana, responsável pelo primeiro registro histórico feito no Amazonas; a fundação de Manaus, com a fortaleza construída pelos portugueses, as casas de palha e duas figuras centrais, representando a paz celebrada pelo casamento de uma filha do cacique com o comandante da Escola Militar Portuguesa. Na parte maior, um trecho do rio, tendo em relevo, na frente, uma seringueira, árvore símbolo da economia de Manaus no apogeu do ciclo da borracha.

O trabalho do Prof. Dr. Auxiliomar Silva Ugarte mostrou que estavam em local errado os bergatins, as canoas dos descobridores, no primeiro quadrante. A bandeira do segundo quadrante era a atual de Portugal e não a da época colonial, dos descobrimentos. E a árvore do quadrante maior era uma castanheira e não a seringueira, de onde se obtém a goma. Feitas as correções, o trabalho foi submetido ao artista plástico Oscar Ramos, curador do Paço da Liberdade. Coube a ele a revisão final.

“O meu trabalho, que durou aproximadamente 30 dias, foi ajustar todos os elementos ao que determinava o decreto de criação do brasão”, afirmou o historiador.

Durante a pesquisa foram encontrados brasões nas representações mais díspares, nenhum deles fidedigno ao decreto de 1.906. Paço Municipal, Mercado Adolpho Lisboa e o Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (Igha) têm representações diferentes. O próprio decreto original, do intendente Adolpho Lisboa, foi encontrado apenas em um livro, na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro e em uma edição do Diário Oficial do Estado, no acervo do Centro Cultural dos Povos da Amazônia.

Faltavam apenas as letras para a assinatura, “Prefeitura de Manaus”. Os criadores da agência foram buscar inspiração na arquitetura da cidade. As curvas são das luminárias do mercado Adolpho Lisboa. As linhas retas do alto das colunas do Paço Municipal. As cores do Teatro Amazonas.

Com o novo Brasão, a Prefeitura de Manaus encerra o uso do símbolo e marca anteriores.


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