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Depois de saquear de R$ 115 milhões na saúde, José Melo resolve tirar R$ 331 milhões do setor em 2017

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O governador José Melo (PROS), não satisfeito com os “maus caminhos” pelos quais enveredou, nos seus primeiros dois anos de governo, a saúde pública do estado, acaba de decretar, com o corte de R$ 331 milhões do setor, o Débâcle do serviço, conforme indica o projeto de Lei Orçamentário Anual (LOA72017).

Com o rombo de R$ 115 milhões, desviados do Fundo Estadual de Saúde do Amazonas por Mouhamed Mustafa, dono da empresa Instituto Novos Caminhos, criada e contratada pelo governo José Melo, várias unidades de saúde foram fechadas. Os reflexos foram imediatos e desastrosos. Os pacientes renais tiveram os seus tratamentos suspensos e muitos morreram por falta de assistência.

Nas unidades de urgência e emergência, à propósito do Pronto-Socorro 28 de Agosto, os profissionais de saúde viviam em pavorosa por falta de insumos, medicamentos e material indispensáveis para salvar vidas.

Tudo isso sem falar nos salários atrasados do pessoal terceirizado – médicos, técnicos, auxiliares – que amargou e continua a amargar as mais duras privações, enquanto Mouhamed, o amigo do governador e de seu grupo político, investia o dinheiro roubado da saúde na carreira cantores sertanejos e na promoção de festinhas para agradar celebridades.

Agora, com o corte de R$ 331 milhões, José Melo manda que a saúde vá para o beleléu e que o usuário do sistema se “exploda”, como diria Chico Anísio, em seus divertidos e bem-humorado programas de humor.montagem 20141126_100207editada7675 concursados-susam-protesto

“Falta sensatez a esse governo, que deixa faltar medicamentos, equipamentos, e que atrasa salários de médicos e de enfermeiros terceirizados. Quantas pessoas morreram, vítimas dessas deficiências?”, indaga o deputado Luiz Castro.

A saúde pública do estado, entretanto, não será a única afeta com cortes previstos na Loa, sob a chancela de José Melo, “preocupado” em recuperar o prestígio abalado com o escândalo da “Maus Caminhos”, nome da operação deflagrada pela Polícia Federal, que colocou a nu a toda a bandalheira praticada nesse governo com os recursos da saúde pública.

No orçamento da Secretaria de Assistência Social e Cidadania (Seas), a Loa prevê o corte de 16,8%, o equivalente à redução de R$ 4,8 milhões nas ações de atendimento a crianças, adolescentes e idosos.

Outro desatino é o corte de 35,72% da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), que corresponde a menos 21,1 milhões para aplicação nos programas ambientais. “O governo fala em implantar uma matriz ambiental, mas corta os recursos do meio ambiente”, diz o deputado.

A Secretaria de Produção Rural (Sepror), por seu turno, sofrerá uma redução de 21,2%, o que equivale a 25,7 milhões a menos nas ações de fomento da agricultura.

O corte na produção, na avaliação de Luiz Castro, inviabiliza os programas de assistência à agricultura e a permanência dos trabalhadores no interior. “O Governo fomenta o êxodo rural, empurrando as famílias de agricultores para a periferia de Manaus, enfrentando o desemprego e a marginalidade”, afirmou.

Mas isso não é tudo. Enquanto José Melo mete a navalha em setores estratégico da administração pública, como a saúde, por exemplo, ele previa a burocracia com R$ 183 milhões, como pode ser visto na LOA72017. Ou seja, para 2017, o orçamento da Seade será 10% maior em relação ao ano de 2016.

Matéria do Portal Fato Amazônico http://www.fatoamazonico.com/site/noticia/depois-do-desfalque-de-r$-115-milhoes-na-saude–jose-melo-resolve-tirar-r$-331-milhoes-do-setor-em-2017/


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