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Do espaço, satélite da Nasa observa erupção vulcânica que ninguém viu

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RIO — Se uma árvore cai na floresta, mas não há ninguém por perto, será que faz barulho? Esse é um questionamento do imaginário popular, que considera o “barulho” como uma percepção humana. Mas e se um vulcão entrar em erupção e ninguém ver? Até o advento dos satélites e do monitoramento sísmico, muitas erupções vulcânicas aconteciam em locais remotos do planeta e passavam despercebidos. Hoje, cientistas coletam assinaturas desses eventos, mesmo que a milhares de quilômetros de observadores humanos.

Foi isso o que aconteceu nos dias 24 de abril e 1º de maio numa região remota no Atlântico Sul, entre o continente americano e a Antártica. Pela primeira vez em 60 anos, o Monte Sourabaya, um estratovulcão na Ilha Bristol, entrou em erupção, mas ninguém viu, apenas satélites de observação do planeta da agência espacial americana.

As imagens foram captadas pelo Landsat 8, pela combinação de sensores infravermelhos e de luz vermelha, que ajudam na detecção de assinaturas de erupções. As fotografias mostram as assinaturas de calor, da lava quente, e o rastro de pluma vulcânica.

Com formato retangular de 12 quilômetros por 14 quilômetros, a Ilha Bristol é uma das maiores do arquipélago das Ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul. O Monte Sourabaya tem 1.100 metros. Por causa da localização, o vulcão é um dos menos estudados do mundo. Sua última erupção conhecida aconteceu em 1956.


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