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Estudantes e professores protestam do lado de fora da secretaria estadual de Educação

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RIO – Cerca de 40 pessoas participam de um protesto em frente à sede da Secretaria Estadual de Educação, que está ocupada por estudantes desde o início da semana. O manifestantes reclamam que a polícia está impedindo a entrada de alimentos e água para os cerca de 50 jovens que participam da ocupação.

Os ocupantes do prédio teriam recebido quentinhas na noite da quinta-feira, e desde então estão sem comida. Alguns deles gritam pelo portão que estão com fome. Enquanto isso, do lado de fora, manifestantes seguram cartazes que dizem que o governo impede que os jovens se alimentem.

Segundo a professora Soraya Trajtenberg, houve várias tentativas durante o dia de entregar alimentos aos alunos:

– Isso é uma forma de pressioná-los para que se rendam. Os alunos estão há 12 horas sem comer. E nem café da manhã deixaram entrar. No momento, cinco policiais estão nos portões da secretaria, e outros cinco dão apoio nas imediações – disse.

Em audiência realizada na quarta-feira, a juíza Gloria Heloiza Lima da Silva, da 2ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Capital, determinou o imediato retorno às aulas nas escolas estaduais ocupadas por estudantes do movimento “Ocupa”. Segundo a juíza, o movimento de estudantes que ocupam colégios para exigir melhores condições de ensino não pode impedir o acesso de outros alunos e professores. Os protestos não estão proibidos, desde que se respeite a ordem judicial e sejam “ordeiros”.

Nesta sexta-feira, a Secretaria estadual de Educação informou que das 57 escolas ocupadas, a entrada de alunos e professores que não participam do “Movimento Ocupa” só não foi permitida em 10 unidades. Em outras 35, que estavam ocupadas, estudantes, professores e funcionários puderam entrar e há uma convivência harmônica com integrantes da ocupação. A juíza Gloria Heloiza Lima da Silva disse que vai formar núcleos de mediação para visitar as dez escolas onde os estudantes do movimento “Ocupa” ainda impedem o retorno às aulas.

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