Brasília Amapá |
Manaus

Uber vai permitir a clientes chineses pedir barco e balão

Compartilhe

PEQUIM — Na mais nova investida da marca na indústria de viagens, a Uber vai oferecer em breve para os consumidores chineses a alternativa de solicitar um barco, o UberBoat, ou um balão, o UberBalloon. As duas novidades integram os serviços Uber + Travel e UberLIFE — que devem chegar à gigante asiática ainda este ano — divulgados no TechCrunch Shangai no último fim de semana. Fora o setor de transporte viário, comparável ao dos táxis, a empresa já se lançou sobre o segmento de entregas com o UberEATS e consolidou seu valor de marca em US$ 62,5 bilhões.

O novo serviço pretende levar ao cliente as informações de que precisa no caminho, enquanto aguarda a chegada ao destino. Pelo ar, poderão pedir o serviço de um balão; para atravessar as águas, o transporte de um barco. (Este mês, a Uber anunciou que começaria a trabalhar com helicópteros em São Paulo.) O UberLIFE foi desenvolvido, de acordo com a empresa, para manter os usuários por mais tempo no aplicativo ao “enriquecer a experiência” dos passageiros com uma espécie de revista digital com informações sobre esportes locais, artes e eventos culturais na cidade. Antes do projeto, a companhia aferiu que os clientes olhavam para o app apenas 90 segundos uma vez já acomodadas no carro.

O investimento quer responder à competição crescente da chinesa Didi Chuxin na China, onde a Uber entrou há apenas dois anos — dois anos depois da concorrente — e ainda padece para se firmar no mercado.

— Nós temos lucro nos Estados Unidos, mas na China perdemos mais de US$ 1 bilhão por ano — informou o chefe executivo da americana, Travis Kalanick, durante evento em fevereiro, em referência implícita à rival. — Estamos diante de um forte competidor que consegue levantar bilhões de dólares na China, mas não em todas as outras cidades em que existe.

Mesmo com o prejuízo, o vice-presidente sênior da Uber China, Zhen Liu, considera o país “o mais importante mercado para a companhia em termos globais”. Das dez cidades de mais movimento no aplicativo entre as 450 atendidas em 70 países, seis são chinesas.

De acordo com o TechCrunch, a Apple investiu US$ 1 bilhão no Didi em maio para ajudar na construção do serviço de “carona compartilhada”. O impacto da chinesa remonta às mais de 11 milhões de corridas diárias para um público de 300 milhões de chinenes em 400 cidades do país. Do outro lado, a Uber recebeu US$ 3,5 bilhões do Fundo Soberano da Arábia Saudita, em junho, para crescer — valor que se soma aos cerca de US$ 11 bilhões arrecadados pela companhia via investidores externos.


...........

Siga-nos no Google News Portal CM7