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País ficou ‘parado’ na adoção de governança corporativa, diz presidente da CVM

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RIO – O presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Leonardo Pereira, afirmou nesta quarta-feira que o mercado de capitais brasileiro “ficou um pouco parado” na implementação de medidas de governança corporativa nos últimos anos, enquanto países vizinhos “deram passos muito consistentes”. Para tirar o atraso, Pereira defendeu a criação de “um novo Novo Mercado”, segmento criado pela Bovespa em 2000 que reúne as empresas abertas com maior grau de governança.

— A criação do Novo Mercado mexeu significativamente com o mercado de capitais brasileiro. Mas sua criação talvez nos tenha deixado um pouco confortáveis. Desde então, nossos vizinhos deram passos muito consistentes, enquanto o Brasil ficou um pouco parado. É necessária a criação de um novo Novo Mercado, que é o que a BMFBovespa está fazendo. Isso vai ser fundamental daqui a cinco anos — afirmou o presidente da autarquia em palestra no 28º Fórum Nacional, no Rio.

O Novo Mercado está atualmente em processo de revisão pela BM&FBovespa.

Pereira informou que a CVM deve publicar dentro de 60 dias um documento indicando como o órgão regulador deve implementar na prática as mais recentes diretrizes globais de governança corporativa, estabelecidas pela OCDE e endossadas pelo G-20. Leonardo Pereira também lembrou da importância da criação de um código brasileiro de governança corporativa, no qual trabalha CVM e entidades do mercado de capitais.

— Mais de 56 países já têm um código único, e o Brasil não. Esse código virá do mercado, por um grupo de associações, para que o regulador aplique – acrescentou. – Muitos dos problemas (recentes no mercado) aconteceram porque faltou conformidade. Então é importante que se tome consciência. E isso começa pelo conselheiro dentro da empresa, que é responsável por essa estratégia.


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